Vera Holtz vai apresentar o espetáculo “Ficções” em outubro no Teatro Arthur Azevedo

Nedilson Machado
A adaptação para os palcos do best-seller “Sapiens”, de autoria do israelense Yuval Noah Harari, fica em cartaz no Teatro Arthur Azevedo, onde encerra a temporada Nordeste (Foto/Divulgação)

 

Estrelado pela atriz Vera Holtz, o espetáculo “Ficções” chega a São Luís para curta temporada nos dias 11, 12 e 13 de outubro. A adaptação para os palcos do best-seller “Sapiens”, de autoria do israelense Yuval Noah Harari, fica em cartaz no Teatro Arthur Azevedo, onde encerra a temporada Nordeste da produção. A montagem já soma mais de 100 mil espectadores, em 200 apresentações e pretende levar o público à emoção e à reflexão na mesma medida.

“Eu li o livro e me surpreendi. Antes eu falava ‘cuidado, um leão’. Passei a falar que o leão é o guardião do nosso povo. Você vai tendo uns insights, durante a obra e, depois, reflexões mais densas. Eu comecei a presentear muita gente com o livro, eu sempre incentivava. E nunca imaginei que isso tudo poderia transcender a obra e virar uma obra teatral. Mergulhamos, sem asas, e topei, confiando neste sistema humano de cooperação”, conta Vera Holtz.

A peça, que fez temporada em Portugal e um retorno a São Paulo, terá apresentações na sexta-feira (11) e sábado (12), às 21h, e no domingo (13), às 19h. Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima, e escrito e encenado por Rodrigo Portella, a obra conta com performance e trilha sonora original de Federico Puppi, cenários assinados por Bia Junqueira, figurinos de João Pimenta e iluminação de Paulo Medeiros. Uma verdadeira experiência cênica que envolve e faz interagir.

“Protegi muito o meu corpo criativo, a minha voz, por ser uma surpresa para mim estar falando o tempo inteiro no palco, com interlocuções do violoncelo de Federico Puppi. Mas é uma peça que você precisa estar ali pronta e percebendo a reação do público, a fim de determinar o ritmo do espetáculo. Fui pega de surpresa, também com limitações do corpo, da voz e da memória. A obra é aberta e, por isso, você tem a possibilidade de ver todos os profissionais envolvidos no espetáculo”, afirma a atriz.

Para Vera Holtz, o imaginário do homem é o lugar mais livre dele e isso é, justamente, o que o trouxe até aqui. “A sua capacidade de imaginação e onde ele ainda pode chegar é um território totalmente desconhecido. A Vera Holtz viveu muito tempo na ficção, então ‘Sapiens’ dá uma luz para quem o experimenta, de que a ficção é a nossa realidade. Se tudo é invenção, passo a ser seduzida pelas narrativas que se dizem reais, com seus complexos de crenças, como criações do homem. Hoje sou super curiosa com o que se chama de real”, finaliza a intérprete.

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