Coordenador do Observatório da Indústria Carlos Jorge Taborda: “Quando obtiver maturidade, o Observatório atenderá demandas de vários setores, como o governamental, empresarial e acadêmico” (Foto/Divulgação)
O Objetivo do Observatório da Indústria é fornecer inteligência competitiva e fortalecer o sistema industrial. O Observatório é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e tem pela frente como primeira missão a de subsidiar ações do Sistema FIEMA (FIEMA, SESI, SENAI, IEL e CIEMA), sindicatos patronais e Conselhos Temáticos. Apenas este ano, o Observatório da Indústria do Maranhão já atendeu 68 demandas.
Entre os trabalhos estão o relatório socioeconômico do Maranhão, para o SENAI; estudos para subsidiar a revisão dos mapas estratégicos e planejamento 2025, das entidades do Sistema FIEMA; um novo guia industrial e empresarial, da FIEMA; além de estudo de mercado para instalação da Escola SESI de Referência, que será construída no bairro Angelim.
TRABALHO EM REDE
O Observatório da Indústria do Maranhão participa ainda do Programa Indústria do Futuro, do Observatório Nacional da Indústria. Composto por quatro projetos, o Programa é dividido em Polos Industriais de Referência, que avalia os polos com influência estadual, regional, nacional e internacional; Monitor de Investimentos, que mapeia objetivamente todos os investimentos previstos ou que estão acontecendo em cada estado; Macrotendência para o Futuro da Indústria, que mapeou os 10 setores industriais considerados os mais relevantes para o desenvolvimento da indústria nos próximos anos; e Atlas de Inovação para a Indústria, que identifica fontes de inovação no país, e será lançada dia 31 de julho pelo Observatório Nacional da Indústria.
“O Observatório do Maranhão foi o que mais indicou indústrias para participar desses projetos”, informou o coordenador Carlos Jorge Taborda se referindo ao Programa Indústria do Futuro. Ele explicou que a FIEMA já desenvolve trabalhos como sondagens, pesquisas, estudos, análises e inteligência de mercado para a indústria. “Quando o Observatório do Maranhão ganhar maturidade, poderemos atender demandas das empresas, dos governos, da academia e demais setores”, complementou Taborda.
O tempo de maturação, ou seja, o período que o Observatório vai atender somente o público do Sistema S, pode levar mais de dois anos. O Observatório do Ceará, por exemplo, levou 10 anos até atender o público externo. No entanto, com o avanço de tecnologias como a inteligência artificial, provavelmente o Observatório do Maranhão não levará tanto tempo.
Por fazer parte de uma rede de Observatórios, o Maranhão tem acesso a 13 painéis de inteligência que trazem uma análise detalhada sobre o estado, municípios, setor industrial e a economia como um todo. Um exemplo é o painel Expectativa da Economia Brasileira, que traz dados sobre PIB do estado, PIB da indústria, taxas de câmbio, investimentos, entre muitos outros dados.
HISTÓRICO
O primeiro Observatório da Indústria foi concebido há 20 anos no Paraná, seguido de Santa Catarina e Ceará. Atualmente, são 24 Observatórios instalados ou em processo de criação. Os três mais antigos desempenham a função de mentores das iniciativas que estão começando, como é o caso do Maranhão. Em 2022, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou o Observatório Nacional da Indústria, em Brasília, e a partir daí começou a estimular as Federações de Indústrias, como a FIEMA, para que implantassem seus próprios Observatórios com o objetivo de trabalharem de forma integrada, em rede. Apenas os estados de São Paulo, Minas Gerais e Piauí ainda não têm um Observatório da Indústria.