FIEMA completa 56 anos e foca em um setor industrial mais moderno e competitivo

Nedilson Machado
Presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves: “Precisamos garantir ambiente seguro e favorável aos negócios, que gerem mais investimentos e possibilitem a recuperação da economia” (Foto/Divulgação)

 

Nesta sexta-feira, 27 de setembro, a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) comemora 56 anos de atividades e serviços prestados em favor da indústria maranhense. A Federação está no centro de discussões importantes não apenas para o setor industrial, mas para o desenvolvimento social e a economia do estado como um todo. A exploração sustentável da Marguem Equatorial Brasileira, a descarbonização da indústria, a instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Bacabeira, a expansão da conectividade da tecnologia 5G e o crescimento da indústria aeroespacial são algumas das frentes de trabalho da FIEMA em busca de um setor industrial maranhense mais moderno e competitivo.

Para tratar de todos esses grandes temas, cada vez mais a FIEMA tem buscado uma maior integração entre a academia, o setor produtivo e os governos estadual e municipais. “Precisamos garantir ambiente seguro e favorável aos negócios, que gerem mais investimentos e possibilitem a recuperação da economia, mais empregos, renda e melhor qualidade de vida para a sociedade. Só nesse caminho poderemos ter desenvolvimento. E isso só é possível com a cooperação”, frisou Edilson Baldez, presidente da FIEMA, se referindo à regulamentação da Reforma Tributária.

Para Baldez, há necessidade de flexibilização e racionalização dos impostos com a Reforma Tributária, que continua em pauta na Câmara Federal. “Não podemos ver os grandes projetos desistirem do Maranhão por falta de uma legislação ou pela insegurança jurídica. Precisamos pensar o Maranhão daqui a 10, 15, 20 anos e para isso é necessário planejar. Potencial hidrológico, eólico, solar e humano o Maranhão tem”, enfatizou o líder empresarial.

ATUAÇÃO – A Federação atua principalmente na defesa de interesses do setor industrial. Em sua estrutura, conta com Conselhos Temáticos nas áreas de Meio Ambiente, Infraestrutura, Assuntos Legislativos, Política Industrial, Relação do Trabalho e Desenvolvimento Sindical, que analisam e propõem soluções para temas que afetam diretamente o setor produtivo e o desenvolvimento econômico do estado. Esses conselhos são compostos por líderes empresariais, representantes de federações e associações setoriais da indústria. A FIEMA promove ainda programas como o de Associativismo e o de Desenvolvimento de Fornecedores, além de estimular a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento tecnológico da indústria maranhense.

A entidade também enfatiza a articulação empresarial em torno de ações conjuntas, mobilizando os setores produtivos locais e a sociedade para a superação de obstáculos e limitadores da atividade industrial da região. Trata-se de um esforço geral pela criação de uma cultura de integração empresarial, como forma de viabilizar a produção industrial competitiva no mercado nacional e internacional.

ESTRUTURA – Sediada em São Luís, a FIEMA é formada pelo Conselho de Representantes; presidência; diretoria composta de vice-presidentes e mesa diretora; superintendência corporativa, superintendência da FIEMA e Comissão Gestora de Serviços Compartilhados. Fazem parte do Sistema FIEMA o SESI, SENAI, IEL e CIEMA. Atualmente, a sede da FIEMA é a Casa da Indústria Albano Franco, em São Luís, mas a Federação possui também um escritório em Imperatriz e outro em Balsas e atua de forma itinerante em todo Maranhão.

HISTÓRICO – A história da FIEMA pode ser dividida em duas etapas. O primeiro registro data de 26 de novembro de 1954, quando foi fundada entidade com a finalidade de proteger e defender os interesses da classe industrial maranhense, representando-a junto às autoridades competentes. A FIEMA, então criada, funcionou até 15 de junho de 1965, quando foi cassada a sua Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho.

No segundo semestre de 1966, um grupo de empresários maranhenses organizou-se com o objetivo de restaurar a Federação e conseguiu, após exaustiva luta, a Carta Sindical assinada em 27 de setembro de 1968, assinada pelo ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho.

Nos primeiros anos de existência, a FIEMA foi comandada pelo industrial Haroldo Cavalcanti, até 1964. Menos de quatro anos depois, em 1968, a instituição renasceu para uma nova fase, percorrida até hoje. Concebida pelo esforço de empresários que buscavam a construção de uma indústria forte e preparada para os desafios da época, a Federação tornou-se um instrumento fundamental para o acionamento de políticas industriais voltadas ao parque fabril maranhense.

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