Símbolo do Carnaval Maranhense, o fofão foi inspirado em personagens do carnaval europeu e é uma fantasia que só existe nas festividades do Estado. As fantasias características de tecido largo, feitas de chita, entre os anos 60, 70 e 80 coloriam as ruas com mais intensidade durante a festa momesca (Fotos/Divulgação)
Vem aí o V Encontro de Fofões do Maranhão. A folia dos mascarados narigudos vai acontecer nesta segunda-feira de Carnaval (12), com concentração a partir das 15h, no bar do Silvio’s, na Rua do Passeio, com saída prevista para as 17h.
“Vai ser o maior bloco de fofões do mundo”, segundo o artista performático Uimar Junior, presidente da Galeria Trapiche, criador e organizador do Blocão do Fofão. Segundo Junior, em 2024 o o evento vem com mais alegria, colorido e muita diversão. “É o personagem que representa nosso carnaval maranhense. Vista seu fofão e junte-se a nós”, convida o famoso artista maranhense. O cortejo, com saída marcada para as 17h, seguirá da Rua do Passeio em cortejo pelas ruas adjacentes acompanhado pela banda Mararítmos.
Aliás, vale ressaltar o esforço do Blocão do Fofão pelo resgate desse icônico e tradicional personagem do carnaval de rua de São Luís. Formada na Rua do Passeio há cinco anos, hoje a brincadeira já contabiliza em média 60 fofões por encontro.
Formando predominantemente por artistas, o Blocão do Fofão já recebeu diversos convites e já participou de vários eventos pré-carnavalescos, com uma agenda já recheada, como o show de Marquinhos Duailibe, Bloco da Imprensa e Cortejo do Sesc, entre muitos outros.
Ulá, fofão!!!
Com máscaras feitas de papelão, pano ou papel machê, as mais feias possíveis, os fofões, como o próprio nome sugere, vestem largos macacões confeccionados com tecido estampado, com guizos nas extremidades da gola, das mangas e das pernas. Sozinho ou em grupo, o fofão, com seu grito: “Ulá!, Lá!”, sua boneca, que entrega às pessoas para que dê algum dinheiro, e sua varinha, para espantar os cachorros, foi a alegria e o terror de muitas crianças nos carnavais maranhenses. Quem pegar nas bonequinhas que eles carregam consigo acaba tendo que pagar algum trocado, senão fica sendo perseguido até acabar.