A jornalista Claudia Werneck é referência nacional e internacional em cultura acessível (Foto/Divulgação)
Evento gratuito, o curso “Sem Acessibilidade a Arte Contemporânea Não vive”; é aberto ao público e oferece oficinas que ensinam como realizar peças de teatro com Libras, legenda/estenotipia, audiodescrição e linguagem simples, a chamada acessibilidade cultural plena
A Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, ONG fundada há 22 anos pela jornalista Claudia Werneck, e que é referência nacional e internacional em cultura acessível, realiza, no mês de junho, o ETA AMAZÔNICO, em Canaã dos Carajás, no Pará, e em São Luís, no Maranhão.
O evento terá várias atividades para artistas, roteiristas e agentes culturais com e sem deficiência, como oficinas sobre conteúdos de diversidade e inclusão, durante as quais a Escola de Gente se utilizará da linguagem teatral para ensinar, de forma lúdica, como realizar ações culturais com plena acessibilidade.
No último dia do curso, o grupo de participantes fará uma apresentação aberta ao público em cada uma das cidades, também com Libras, legenda, audiodescrição e linguagem simples. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas podem ser feitas através dos link: Canaã dos Carajás – https://forms.gle/3MRDJLBtSbfAb5hP9 , São Luís – https://forms.gle/XWfVyDer2WxD6kpH6 e também pelo aplicativo VEM CA – Plataforma de Cultura, Conteúdo e Conhecimento Acessíveis, disponível para baixar de forma gratuita em www.vemca.org.br.
As vagas são limitadas
Com patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, o ETA AMAZÔNICO visa fomentar a comunicação e a formação de profissionais e artistas que queiram aprender ou aprimorar conceitos e técnicas de acessibilidade plena com oferta ampla e diversificada de recursos como Libras, legenda/estenotipia, audiodescrição e linguagem simples (voltada a pessoas com deficiência intelectual e psicossocial, baixo letramento e/ou com pouco conhecimento da língua portuguesa falada, incluindo pessoas analfabetas, entre outras).
“Voltar à Amazônia, depois de tantos anos, é uma ação que amplia e fortalece tudo o que aprendemos praticando teatro acessível, inovação mantida desde 2002, quando o nosso grupo de teatro acessível e inclusivo foi criado pela atriz Tatá Werneck e demais estudantes da faculdade de artes cênicas da UNiRio, como o diretor Marcos Nauer e a atriz Natália Simonete, que serão responsáveis pelo curso. O fato do grupo só se apresentar com plena acessibilidade nos levou a receber várias premiações nacionais e internacionais e motivou a criação do Dia Nacional do Teatro Acessível, 19 de setembro, a Lei Federal 13.442/2017, aprovada em 2017 pelo congresso nacional. Fabio Nunes, outro integrante do grupo “Os Inclusos e os Sisos”, da Escola de Gente, também participará do curso. Para nós, não existe democratização de acesso à cultura sem a ampla e diversificada oferta de acessibilidade”, afirma Cláudia Werneck.
O ETA AMAZÔNICO dá continuidade ao projeto ETA Festival! INsquetes de Teatro Acessível, o primeiro festival online (www.youtube.com/@EscoladeGenteOficial) de teatro do Brasil com plena acessibilidade, que aconteceu em setembro de 2023.
Os 24 INsquetes vencedores (cenas curtas assim batizadas no festival por serem esquetes inclusivos) abrangiam temas como inclusão, etarismo, capacitismo, racismo e outros, no âmbito da diversidade e da interseccionalidade.