Missão maranhense à NRF 2024, organizada pelo Sebrae, possibilita acesso à dinâmica e tendências do varejo mundial (Foto/Divulgação)
Uma comitiva formada por empresários do varejo e representantes de entidades empresariais locais vivenciou, até está última terça-feira (16), a experiência única de participação na 144ª NRF Retail‘s Big Show, realizada em Nova York (EUA), em missão internacional organizada pelo Sebrae Maranhão.
Presentes no maior evento do varejo mundial, empresários e representantes das Câmaras de Dirigentes Lojistas – CDL de São Luís, Caxias, Santa Inês, Balsas e Açailândia, da Federação das Associações Empresariais do Maranhão – FAEM, da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Maranhão – FCDL e da Associação Comercial do Maranhão – ACM, acompanharam vasta programação que abordou rumos, soluções e tendências para o varejo em nível global.
Organizada sob o tema “Make It Matter” (Faça Com Que Isso Importe), a convenção propôs uma reflexão sobre a importância de priorizar o indivíduo nas estratégias e na atuação propriamente dita do varejista. Na programação palestras de especialistas, de CEOs e executivos dos grandes players do varejo mundial e mais de 1.000 expositores, em um ambiente com mais de 100 ativações de produtos, serviços e inovações tecnológicas para varejistas.
Aos participantes maranhenses, a iniciativa do Sebrae possibilitou o acesso às tendências, tecnologias, inovações e boas práticas utilizadas mundialmente no setor, que podem ser adotadas em nível local; contato com especialistas e fornecedores de equipamentos e produtos e serviços inovadores; aquisição de conhecimentos, através de palestras, oficinas, visitas a estandes e área de expositores, incluindo também uma série de visitas técnicas a varejistas de referência nos EUA.
“Por todas as suas características, a convenção proporcionou aos maranhenses presentes conexões com ideias, players, pessoas e parceiros que atuam no segmento, com as tendências, soluções e tecnologias mais modernas, além de oportunizar uma reflexão sobre os rumos do varejo e o papel do indivíduo em todo o processo, desde a concepção do negócio às estratégias direcionadas ao consumidor final, por exemplo. Por isso, a NRF Retail’s Big Show, é considerada mais que uma convenção, um ambiente para onde convergem o presente e o futuro do varejo”, assinala o diretor técnico do Sebrae, Mauro Borralho.
Varejo em transformação
O vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae – CDE e presidente da ACM, empresário Cristiano Barroso Fernandes, avalia que a participação trouxe insights e conhecimentos importantes e um panorama do varejo mundial. “Testemunhamos tanto as tendências como também os caminhos para a próxima revolução no varejo, em um ambiente de conexões com os agentes que estão ativamente construindo o futuro do comércio global”, pontuou ele.
Entre os destaques, o empresário aponta os debates sobre inteligência artificial usada para melhorar processos internos de relacionamento com o cliente, por meio da gestão de banco de dados, por exemplo. Isso, na opinião dele, traz desdobramentos no atendimento ao cliente, focado em suas necessidades e interesses, com estratégias que levam em conta estilo de vida, perfil e hábitos do consumidor. “Nos EUA, cresce o número de jovens que permanecem morando com os pais e, por outro, lado, registra-se o envelhecimento da população, o que exige estratégias muito direcionadas para atender às necessidades desses clientes, com o uso intensivo de ferramentas, soluções e tecnologia”, explica ele.
Ele também aponta os debates sobre o sentido do ato de empreender, cada vez mais ligado a uma dimensão maior, relacionada ao ambiente fora da empresa. E ressalta a questão da diversidade, do mercado inclusivo, que se refletem no varejo como um todo, desde a estrutura das lojas físicas, formas e modelos de atendimento, hábitos de consumo e na própria atuação do varejista.
E, além disso, aponta a força das estratégias digitais complementando as lojas físicas. “Com a pandemia, o varejo incorporou o digital e hoje procura combinar essa alternativa com as lojas físicas, observando as particularidades de cada formato, procurando oferecer agilidade, facilidade e experiências de consumo únicas nos dois formatos, que acabam se complementando”. “Muito produtivo, então, iniciarmos o ano com um evento dessa amplitude, que desperta para oportunidades de inovação, para o aperfeiçoamento dos processos internos e do relacionamento com o cliente, o que se reflete na gestão das empresas e no próprio desempenho do comércio”, conclui ele.