O crossfit tem apresentado grande crescimento de interessados, principalmente por unir exercícios funcionais e aeróbicos, bem como pelos rápidos resultados físicos, se praticados com disciplina (Foto/Divulgação)
Seja porque está iniciando uma rotina de atividade física saindo do total sedentarismo, seja porque trocou o treino e agora está trabalhando outro grupo de músculos do corpo ou seja porque está retomando a prática após um período parado, todo mundo já sentiu aquela dor após a prática de exercícios. Mas você já parou para pensar se esse incômodo é normal?
O professor do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio São Luís, Hirlon Braga, explica que a dor acontece devido a microlesões nos músculos após a realização de exercícios. Essas lesões geram uma inflamação das regiões e, consequentemente, desconforto.
Sentir dor significa que o treino rendeu?
Hirlon esclarece que sentir ou não dor após a atividade física não significa que os resultados foram positivos ou negativos. Para ele, o incômodo pode estar associado ao nível de intensidade e volume empregado no treinamento.
O professor ressalta, ainda, que cada exercício deve seguir alguns princípios como a individualidade biológica, o estilo de vida e a aptidão física de cada um. Sem essa observação do profissional, as dores provocadas sem levar em conta outros fatores podem levar à desistência das pessoas que estão em um treinamento ou até mesmo causar lesões. ”Os exercícios a serem realizados devem ser prescritos por um profissional de Educação Física que levará em consideração os princípios da individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, continuidade, e interdependência volume-intensidade”, afirma.
Dicas para aliviar a dor
O especialista salienta que as dores costumam aparecer cerca de oito horas após o treino, ficando mais intensas nas primeiras 24h e atingindo seu pico até três dias depois. Após esse período, o desconforto vai diminuindo gradualmente, desaparecendo completamente entre cinco a sete dias.
Durante o incômodo, é indicado utilizar gelo na região, fazer massagens, alongamentos e repousar, além de priorizar exercícios leves, como caminhada, por exemplo. Essa é uma forma de ativar a circulação sanguínea, ajudando a diminuir a inflamação.
Alongamento antes e após o treinamento auxiliam na recuperação do corpo. “As massagens, técnicas de ventosaterapia, recursos manuais terapêuticos e as técnicas de liberação miofascial são grandes aliadas no processo de ‘cicatrização’ dos músculos”, explica o especialista.
Hirlon também alerta que, caso a dor persista, é necessário investigar a fundo as causas. ‘Caso você ultrapasse o ciclo de sete dias com dores, é importante investigar junto ao seu médico se há ou outro problema como tendinopatia, bursite ou lesões musculares graves”, finaliza.